Ridículo.  Essa palavra resume bem o caso que envolve a EA (Electronic Arts), uma das maiores desenvolvedoras de games do planeta. E deixar claro, antes de tudo, que os problemas citados a seguir não se referem aos fabricantes dos games, mas sim, a quem os vende.

Bom, nos últimos anos, a empresa vem tomando algumas decisões estranhas e atitudes péssimas para a sua própria imagem.  Dentre elas, chamou a atenção:
Inserir propagandas dentro do jogo “Battlefield 4”; adicionar microtransações em seus jogos (onde você paga com dinheiro real para contar com privilégios no jogo); ao dizer publicamente que gamers tradicionais atrapalham a indústria dos games; lançar jogos inacabados e aplicar atualizações pagas para reparar o “erro”; vender um FIFA da Copa do Mundo apenas com seleções e sem nenhum time por R$250,00 no Brasil.
Além de tornar frequente, nos últimos anos, as apresentações fracas na E3 (considerada uma das maiores feiras de lançamentos e tendências do mercado de jogos eletrônicos) onde grande parte dos games apresentados são lançados todos os anos e, na maioria das vezes, sem grandes diferenças.  Os famosos “jogos anuais” (mas isso é assunto para outro post).




Agora, a mais recente: 

Nesta quarta-feira (30), a EA Sports divulgou através de um comunicado oficial que FIFA 15 (principal jogo de futebol do mundo) NÃO TERÁ TIMES BRASILEIROS.  Leia parte do comunicado:

“A ausência de clubes e estrelas nacionais se deve, principalmente, a algumas mudanças no processo de licenciamento no Brasil. Desse modo, a EA não conseguiu chegar a um acordo com os detentores dos direitos dos jogadores e, consequentemente, eles não serão incluídos no jogo FIFA 15, estando também ausentes os respectivos clubes do campeonato brasileiro. ", diz o comunicado.

Segundo a EA Sports, o problema ocorreu por não existir uma associação que detenha os direitos de cada clube.  Portanto, houve problemas em negociar com jogadores e, consequentemente, com os clubes.  Seria esse o motivo para que FIFA 15 seja lançado sem a presença dos nossos clubes. Tudo por dinheiro. E isso é uma perda imensurável! 
Quando digo que é uma perda imensurável, me refiro aos dois lados da moeda.  A EA Sports perde porque não contará com os times brasileiros no FIFA 15, coisa que seu concorrente, Konami, terá no PES 2015 (Pro Evolution Socccer 2015).  E o Brasil perde por não divulgar jogadores, campeonato e a marca de seus clubes de futebol para o mundo.


Bom, cada um faz o que bem entende.  Sendo assim, quero deixar claro minha indignação e aproveitar para dizer que, em meio as circunstâncias, tomei uma decisão: Não comprarei o FIFA 15!



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