Desde de 2008, quando iniciou seu universo, a Marvel trouxe ao público dezenas de personagens diretamente transportados das HQs. Foram exatamente 12 filmes até chegarmos a Guerra Civil, o mais recente filme da parceria entre a editora e a Disney.
Ontem tive a felicidade de poder assistir à pré-estreia do filme, graças a uma promoção do site Jovem Nerd junto com a Boo-Box e a empresa do Mickey. Isso me proporcionou uma experiência inigualável, já que o filme estréia somente amanhã (28), ao lado de diversos fãs de quadrinhos como eu, além de estar ao lado de gigantes da Internet como Alexandre Ottoni e Deive Passos (Jovem Nerd e Azaghal), Rodrigo Fernandes (Jaguaré Banguela), Érico Borgo, Thiago Romariz e Aline (Omelete) e Marco Gomes (Mova+). Serio, estava na mesma fileira do Rodrigo e a cinco metros da dupla do Nerd Office. Que dia!
Eu e o Azaghal |
Bom, vamos falar do filme:
O escudo tem uma participação bem bacana no fim do filme |
Capitão América - Guerra Civil trata basicamente do registro dos superheróis proposto pela ONU , após os incidentes em Sokovia, New York e outras localidades espalhadas pelo mundo, onde os Vingadores, mesmo que afim de salvar o mundo, foram responsáveis indiretamente pela morte de milhares de pessoas.
De um lado, temos o Capitão América contra aceitar que sua equipe se torne apenas um esquadrão de elite na mão de governantes, julgando ser mais seguro todas as decisões serem feitas por eles e não pela organização. Do outro, temos o Homem de Ferro com o peso de todas essas mortes em sua consciência, escolhendo ser a favor deste registro por acreditar que é a medida certa para evitar novas tragédias. O roteiro foi assertivo pois apresentou bem os dois lados, sem tomar partido em nenhum momento e possibilitando que entendêssemos os dois lados da história antes de decidir se éramos #TeamCap ou #TeamIronMan.
Os irmãos Russo, responsáveis pelo longa, conseguiriam encaixar bem todos os doze heróis envolvidos na batalha, sem menosprezar nenhum. A decisão de cada um de qual lado escolher ficou bem justificada, não sendo superficial. Os lados ficaram com Falcão, Soldado Invernal, Gavião Arqueiro, Homem-Formiga e Feiticeira Escarlate ao lado de Steve Rogers e Visão, Viúva Negra, Homem-Aranha e Máquina de Combate a favor de Tony Stark.
Muitos personagens, felizmente bem trabalhados |
O filme consegue muito bem equilibrar os
momentos de tensão, como no momento em que a mãe de um dos mortos em Sokovia
fala com Stark sobre sua responsabilidade na morte de seu filho e de comédia,
como na apresentação do novo Spider.
Tom Holland, aliás, está a um filme de
roubar o espaço de Tobey Maguire em meu coração. Ele soube captar a
personalidade do personagem, fazendo com que me sentisse lendo as Hq's ou vendo
as animações, como O
Espetacular Homem-Aranha. Além disso, sua química com Tony Stark é muito
boa, o que justifica a já confirmada do (caro) ator Robert Downey Jr. É
perceptível que a Disney percebeu que vale o investimento.
Ótima participação do Aranha, apesar do uniforme :/ |
Outros que participam muito bem são
Pantera Negra e Homem Formiga, intepretados por Chadwick Boseman e Paul Rudd.
Boseman passa com eficiência toda a importância de ser o líder de Wakanda. Já
Rudd manteve sua boa atuação como Scott Lang. Os dois são destaque também nas
cenas de ação, com a perseguição de T'Challa a Bucky e quando Lang se torna
um gigante durante a cena do aeroporto.
Obviamente o filme conta com contrapontos,
e um dos que notei foi no CGI feito para as cenas que envolviam o Tony na
armadura. Outro momento em que pudemos ver falhas neste quesito foram na cena
da perseguição de Pantera à Bucky e nos saltos e aterrissagens dos heróis,
ficando muito claro que aquilo fora gravado com uma tela verde atrás. Fiquei
com um pé atrás também com o uniforme do Homem-Aranha, feito também nos
computadores, o que me deu a impressão de não ser real, como foram os Aranhas
de Tobey Maguirre e Andrew Garfield.
Porém, o principal defeito do longa foi o
fato de novamente dos vilões não convencerem. Tantos Ossos Cruzados como Barão
Zemo não são suficientes oposições aos heróis, aparecendo de forma discreta no
filme. Zemo até parece ter uma boa motivação, mas seu potencial não é
desenvolvido. A todo momento parece que iria ser mostrado e não dava em nada.
De forma geral, Capitão América: Guerra
Civil é um bom filme, podendo ser colocado entre os melhores do gênero. Ele é
divertido, denso e tem cenas pqparíveis, como quando Bucky rouba uma moto
em movimento e toda a batalha do aeroporto. Ele traz uma nova perspectiva aos
filmes da Marvel/Disney e dá um gostinho de quero mais para os filmes solos do
Pantera e do cabeça de teia.
Enfim,
É isso.
Inté.
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