Quando estava no colégio, minha aula preferida sempre foi a de história. Isso por que além de gostar da matéria sempre tive bons professores que me inspiraram a pensar e não apenas a decorar o que havia acontecido muito antes de eu nascer.

O preferido desses professores foi meu querido mestre Marcos Muller, que me deu aulas quando estava no ensino fundamental. Em uma das aulas que mais me recordo, ele explicou o real significado de três palavras, o que sempre ficará marcado em minha memória. São elas:

- Normal:
Conforme à norma ou regra.

- Legal:
Relativo a lei jurídica; conforme à, estabelecido, regulado, definido, sancionado por ou que resulta de lei.

-Certo:
Correto, verdadeiro, exato, preciso, conforme.


Eu trouxe essas definições antes mesmo do começo da análise do texto para frisar o que para mim foi uma das coisas que mais me marcou ao assistir o longa: o Capitão do exército alemão durante a Segunda Guerra, Wilm Hosenfeld, contrariou as instruções dos comandantes ao secretamente ajudar o protagonista, o pianista Wladyslaw Szpilman, a se manter escondido das tropas nazistas e assim ser um dos poucos poloneses judeus a sobreviver ao Holocausto.

O que Hosenfeld fez foi um ato de bravura, pois poderia também ser morto ao ajudar o pianista. Mesmo assim, ele optou não por fazer o normal, o legal, o que estivesse escrito nas leis e regimentos nazistas, mas sim por fazer o certo.  Ao optar por não seguir as ordens, o alemão salvou uma vida.




No filme X-Men First Class, o Magneto vivido por Michael Fassbender, que assim como Szpilman é polonês e sofreu as consequências da perseguição aos judeus, perdendo toda sua família, dispara uma fala que sintetiza seu sentimento: “A minha vida toda eu estive à mercê de homens que apenas seguiam ordens... Nunca mais! ”. Essa frase, mesmo dita por um personagem de ficção, para mim aumenta a consideração pelo Capitão Alemão, que não seguiu as ordens ao salvar o polonês, mas fez o que qualquer homem de caráter faria na mesma situação.

Outra frase, agora de um dos maiores seres humanos do século XXI, líder movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, complementa meu pensamento: “A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio. ” 

Esse é apenas um dos pontos do filme O Pianista que gostei, mas o filme em si é muito bom, de uma grande qualidade de direção de Roman Polanski e ótima atuação de  Adrien Brody. Recomendo fortemente para quem não assistiu, pois nos mostra todos os efeitos da Segunda Guerra Mundial em toda uma nação.

Enfim, sem mais delongas,

Inté.

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