O dia que eu descobri que nunca é tarde para ler Harry Potter | #4BlitzIndica #23



Me lembro bem estar na terceira série quando por alguns minutos perdi a atenção de meu lanche para reparar que uma amiga trouxera algo novo para a aula. Não que fosse fácil me impressionar, mas percebi que o que vira era um livro, ao contrário dos estojos de dezenas cores que estava acostumado a ver.

Sempre fui adepto a leitura, porém meu foco foi rapidamente mudado quando percebi que o livro que avistei era Harry Potter e a Pedra Filosofal, primeiro da franquia de J.K. Rowling.  Meses antes, vira o filme homônimo no SBT a fim de estar preparado para assistir A Câmara Secreta, uns dos primeiros live action que vi no cinema.

Infelizmente, acabei parando de ver os filmes no Cálice de Fogo e perdi o interesse na saga, não chegando a ver o restante. Quanto aos livros, me senti desanimado a época mesmo gostando das adaptações que vi nas telonas e não abri nenhum dos sete até hoje. Até hoje.

Nas voltas que a vida dá, me vi obrigado por motivos que não posso revelar e tinha a missão de aprender sobre o enredo das obras. Num primeiro momento, estava quase que alugando os filmes na locadora torrent quando ao voltar da faculdade sou surpreendido com a fala de um amigo.

Ali naquele bazar estão vendendo coisas baratinho. Achei o primeiro Harry Potter por 4 reais e a biografia do Steve Jobs por cinco.

Bingo!

Como já lera sobre a vida do fundador da Apple anos atrás e tinha uma garça na carteira, aceitei o que o destino impôs a mim e partir ao encontro da Pedra Filosofal. Antes disso, vi alguns itens bem bacanas, como um lindo relógio que estava quebrado e alguns discos de rock antigos. Gostaria de ter encontrado alguma moeda especial, mas não foi o caso. Feito isso, peguei o livro e voltei a casa.


Hagrid iniciando Harry ao mundo da magia. Fiz o mesmo, mas sem um barbudo nem uma coruja ao meu lado

Me lembrava vagamente da história de Potter, então foi ao reler que percebi como seus tios e seu primo Duda são extremamente chatos. Harry tem a vida que todos não queriam ter ao lado deles, sendo obrigado a viver num armário e tratado com indiferença, sem carinho e amor durante a infância.

Ele sofre com tudo isso até completar 11 anos, quando o meio-gigante Rúbeo Hagrid, introduz o protagonista ao mundo da magia. Rúbeo é um dos personagens que mais gostei, já que mesmo as vezes falhando (como quando tentou criar um dragão) sempre se mostrou preocupado com o menino.

 Rony Weasley Hermione Granger formam com Harry um bom trio, mas é importante analisar os dramas de cada um nesse primeiro livro. Enquanto Rony tem que conviver com gerações e gerações de familiares fazendo sombra a suas conquistas, Hermione demonstra solidão de  até se tornar amiga de Weasley e Potter, usando dos estudos como válvula de escape para se distrair com a falta de amizades. 

Por essas personagens interessantes e uma história cativante, a obra de J.K. Rowling me conquistou. As aventuras vividas pelos pequenos bruxos me fizeram querer ler rapidamente o livro, a fim de saber mais e mais sobre o mundo da magia. 

Queria ter lido quando era menor, como fez minha amiga citada no começo do texto. É provável que hoje seria um potterhead fanático e estaria contando os dias para Animais fantásticos e onde habitam, que estreará nas próximas semanas. Mesmo assim, essa experiência foi muito positiva, já que me trouxe de volta a esse universo que tanto gostei. Como lição, aprendi que nunca é tarde para ler Harry Potter.

Sem mais, 

Inté.
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