2016 parece ser mesmo o ano da redenção. Se de um lado tivemos Ben Affleck superando sua atuação em Demolidor (2003) para virar um dos maiores Batmans do cinema, do outro quem se recupera é Ryan Reynolds que, após participar das bombas que foram X-Men: Origins Wolverine e Green Lantern, teve em seu retorno para Deadpool sua possibilidade de volta por cima.
Reynolds não é um ator ruim, apesar das cítricas. E mais: ele realmente era fã do personagem nas HQ's, e sabia do péssimo uso feito pelo estúdio, que além de costurar sua boca ainda deu poderes nunca antes visto pro personagem, como soltar raio lasers pelos olhos.
Então, em parceira com Tim Miller, diretor do filme, fez um curta de apenas alguns minutos mas com toda a essência do personagem para tentar convencer o estúdio. A Fox gostou do que foi feito, mas descartou o projeto imaginando ser impossível um filme nesse teor ser rentável. O que fazer agora, desistir?
Isso não era uma opção. Ao final de 2013 o curta "vazou" e os fãs foram a loucura com as piadas, os golpes e os palavrões lá encontrados. Essa foi a dica que a Fox precisava e as produções começaram em 2014, com um único problema: pouco investimento.
O filme
Porém, quando a equipe está toda numa mesma sintonia, todos querendo realizar o filme, vemos que isso foi o menos importante, e ainda foi essencial para o filme ser como ele foi, pois o pouco investimento deu a garantia a Tim Miller que pode arriscar em sua produção, gerando um dos principais pontos positivos do filme: o humor ser nenhuma censura.
No longa somos apresentados a Wade Wilson um trabalhando como mercenário em uma vidinha bem comum até encontrar a linda Vanessa, pelo qual se apaixona, Os dois brigaram juntos e também se amaram juntos muitas vezes depois.
Quando tudo ia bem, Wade descobre que tem um tipo terminal de câncer e sua única saída achada por ele foi se alistar em um duvidoso projeto que poderia salvar sua vida. E nesse momento nasce Deadpool. Essa mutação muda completamente o personagem, deixando o consciente de que participa de um filme, isso deixa o filme ainda melhor, já que Pool faz piadas X-men, com Wolverine. Liam Neeson, com o baixo orçamento do filme outros diversos elementos da cultura pop. É zuera para todos os lados.
Outra coisa que funciona bem são os coadjuvantes: Jack Hammer, Negasonic Teenage Warhead Colossus complementam o filme, dando suporte as ações (e piadas) do personagem principal. Os vilões são descartaveis, como na maioria dos filmes recentes de super heróis, mas pelo menos Ajax e Angel Dust fazem oposição de forma digna.
De forma geral, o filme é muito bom, equilibrando empolgantes cenas de ação com piadas muito bem cronometradas. Por conseguir transportar toda o espirito da personagem para as telonas, Deadpool se tornou um grande filme, fazendo valer os $746.3 milhões que arrecadou. Se você ainda não assistiu, corra para os cinemas.
Antes de sair, veja o Raio da Vez, o minipodcast do Four Blitz, com o contraponto do Gabriel, outro autor do site.
Sem mais,
Inté.
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