A maneira como enxergamos e lidamos com nossas diferenças, muitas vezes, nos aprisionam. Fechamos portas para relações que seriam excepcionais, mas por mero egoismo, preconceito ou indiferença, continuamos escolhendo a distância ao invés da proximidade. Nossos olhos são treinados, desde muito cedo, para acreditar em falsas verdades. Verdades que nós mesmos criamos e seguimos sem ao menos perceber. Mantendo longe tudo aquilo que não se encaixa aos padrões. Aos nossos padrões. E então passamos a não se identificar mais com outras pessoas, justamente por tais diferenças. Diferenças em cor, tamanho, filosofia, cultura, religião e tantos outros pontos em que há divergências. Amar ao próximo incondicionalmente e aceitar que o outro COM CERTEZA é diferente de você, mas que isso passa longe de ser um problema, chega a ser utopia. O que fazer então? Como reverter essa situação se já perdemos nossa sensibilidade? Nossa consciência está cauterizada e nossos olhos já não enxergam mais o que deveriam enxergar. O essencial. O que verdadeiramente importa. Somos, portanto, cegos? Cegos para ver no outro as qualidades e fragilidades que nos tornam iguais. Ver, enxergar e amar as diferenças que nos tornam únicos. Animalia, Chordata, Mammalia, Primata, Hominidae, Homo, Homo Sapiens. Todos somos. Sem distinção.
Na indicação de hoje, um vídeo em que Fabio Brazza interpreta uma poesia que ele mesmo escreveu sobre essa nossa cegueira. Assista ao vídeo:
Se todo mundo fosse cego
Como será que a gente viveria?
Certo dia, ao cair num sono profundo
Sonhei que este mundo eu via...
Ali ninguém se exibia
Não havia status, moda ou opulência
Pois carros, roupas e aparência
Nada disso mais valia
Eu vi um mundo mais generoso
E mais cheio de compaixão
Vi pessoas se ajudando em completa comunhão
Pois a falta de visão
Nos obrigava a buscar
A ajuda de um par
Pra nos guiar na escuridão
Com o aumento do contato
Aprimoramos o tato é fato
Buscávamos no outro um teto, afeto
A tecnologia já não nos dominava mais
Ao invés de internet
Nos conectávamos tete a tete
E com abraços, trocamos as redes por laços sociais
Não haviam diferenças raciais
Pois a falta de visão nos fez iguais
Seres humanos, com as mesmas necessidades físicas e emocionais
Assim eu vi florescer lindos amores
E pessoas de todas as cores, formarem belos casais
Eu vi um homem engravatado
Conversando com um mendigo
E daquele dia em diante
Virarem melhores amigos
Acordei extasiado
Pensando comigo
Se aquilo não seria uma benção ao invés de um castigo?
Sai na rua pensando que veria
O meu visionário sonho
Mas vi um cenário medonho
De uma humanidade fria
Sem amor nem empatia
Não éramos mais gentis
Andávamos feito Zumbis
Reféns da tecnologia,
Da vaidade e da hipocrisia!
Me bateu uma euforia
Uma vontade de gritar
Abram os olhos! Precisamos acordar!
não estamos sós!
e quando tive esta visão
eu cheguei a conclusão
de que os cegos somos nós!
Daquele sonho em diante eu nunca mais dormi direito
E nem consigo mais, ver o mundo do mesmo jeito
Vivo por ai em busca dessa utopia
Tentando a cada dia ampliar a nossa visão
Pra que a gente possa enxergar
cada vez menos com os olhos
E mais com o coração...
Como será que a gente viveria?
Certo dia, ao cair num sono profundo
Sonhei que este mundo eu via...
Ali ninguém se exibia
Não havia status, moda ou opulência
Pois carros, roupas e aparência
Nada disso mais valia
Eu vi um mundo mais generoso
E mais cheio de compaixão
Vi pessoas se ajudando em completa comunhão
Pois a falta de visão
Nos obrigava a buscar
A ajuda de um par
Pra nos guiar na escuridão
Com o aumento do contato
Aprimoramos o tato é fato
Buscávamos no outro um teto, afeto
A tecnologia já não nos dominava mais
Ao invés de internet
Nos conectávamos tete a tete
E com abraços, trocamos as redes por laços sociais
Não haviam diferenças raciais
Pois a falta de visão nos fez iguais
Seres humanos, com as mesmas necessidades físicas e emocionais
Assim eu vi florescer lindos amores
E pessoas de todas as cores, formarem belos casais
Eu vi um homem engravatado
Conversando com um mendigo
E daquele dia em diante
Virarem melhores amigos
Acordei extasiado
Pensando comigo
Se aquilo não seria uma benção ao invés de um castigo?
Sai na rua pensando que veria
O meu visionário sonho
Mas vi um cenário medonho
De uma humanidade fria
Sem amor nem empatia
Não éramos mais gentis
Andávamos feito Zumbis
Reféns da tecnologia,
Da vaidade e da hipocrisia!
Me bateu uma euforia
Uma vontade de gritar
Abram os olhos! Precisamos acordar!
não estamos sós!
e quando tive esta visão
eu cheguei a conclusão
de que os cegos somos nós!
Daquele sonho em diante eu nunca mais dormi direito
E nem consigo mais, ver o mundo do mesmo jeito
Vivo por ai em busca dessa utopia
Tentando a cada dia ampliar a nossa visão
Pra que a gente possa enxergar
cada vez menos com os olhos
E mais com o coração...
E aí? O que achou do vídeo? Eu achei excelente! Se quiser conhecer mais do trabalho de Fabio Brazza, clique aqui e seja redirecionado para o canal dele. Ele também faz rap como ninguém! Eu espero, realmente, que você possa sair daqui diferente de quando começou a ler! Abra o coração e enxergue!
Gabriel Bergamascki
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