Gostaria de começar esse texto com a seguinte pergunta: você tem em suas mãos o controle da sua vida? Acredito que, num primeiro momento, você pode pensar que ter o controle e, consequentemente, total poder sobre sua vida seja uma coisa boa. E de certa forma, é realmente importante que você tenha autocontrole para distinguir o que é bom e o que não convém. Entretanto, algum dia teremos capacidade de decidir e controlar tudo que nos cerca? Provavelmente não. Todos estão sujeitos a fatalidades e fatores externos que influenciam direta ou indiretamente. Somos a mistura do que queremos ser, com o que acontece em nossa volta. No idioma, na vestimenta, nas crenças, no gosto musical, no que está acostumado a comer e até mesmo uma grande parcela do caráter. São algumas das coisas que, se temos algum controle, é mínimo. Sem contar fatalidades, como acidentes ou a morte de alguém próximo. Dito estas coisas, imagine ter um controle “mágico”, como de uma TV, mas em vez de usa-lo para simplesmente trocar de canal, você pode abaixar o volume do latido de seu cachorro, acelerar momentos tediosos, pausar as pessoas, traduzir alguém que está falando em outra língua e muito mais. Pois bem, o filme Click apresenta esse cenário. Michael Newman, interpretado por Adam Sandler, está estressado pela rotina de trabalho e acaba descontando em sua família.
Em certo momento, tentou ligar a televisão mas por ter dezenas de controles, acabou se confundindo e ligando outros aparelhos, como o ventilador de teto e o portão automático da garagem. Com muita raiva, decide sair e comprar um “controle universal", que pudesse controlar tudo a sua volta. Acaba encontrando o tal controle numa loja misteriosa e é surpreendido quando o vendedor lhe da o aparelho de graça. Sem saber, aquilo mudaria tudo.
Assim que descobre os "poderes" da ferramenta, começa a exagerar no seu uso e a negligenciar sua família, coisa que irá se arrepender mais pra frente na história. O controle a princípio é fenomenal e útil em ocasiões distintas, mas Michael passa a "avançar no tempo" para pular algumas horas por trânsito ou reuniões chatas, semanas por resfriados ou até mesmo meses até ser promovido. Ele descobre que quando avança no tempo, um "piloto automático" fica em seu lugar. Então sem problemas, não é? Quem dera.
O controle começa a se adaptar a suas escolhas e avançar no tempo todas as vezes que ele se encontra naquelas mesmas situações. Isso acarreta inúmeros problemas e faz ele pular muito tempo precioso com a família e amigos. Percebe como é impossível ter o controle de tudo, até mesmo com o controle "de tudo" nas mãos.
O filme é antigo, de 2006. Já assisti diversas vezes, mas é incrível como todas as vezes me causou o mesmo impacto. É cômico durante todo o filme, mas ao se aproximar do final, o assunto fica sério e faz você refletir sobre como o tempo pode passar sem você perceber e tudo o que você mais presa, assim como as pessoas que você mais ama, podem ficar para trás, num passado inalcançável.
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Gabriel Bergamascki
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