Uma das coisas que mais me deixa feliz é quando um amigo me agradece por ter indicado uma série. Conforme a pessoa começa a assistir e comenta comigo sobre os episódios, relembro os bons momentos e essa sensação preenche a parte de mim que ficou triste quando o seriado terminou. É como se passar adiante me ajudasse a superar o fato de que não mais voltarei ao universo onde Walter White cozinha metanfetamina ou que Chandler Bing conta as suas piadas.
Desde que vi Breaking Bad, pouca séries me agradaram tanto como Arrested Development. Claro, a história do professor de química que vira traficante tem pouco em comum com a vida dos Bluth, mas as duas séries tem uma genialidade ímpar. Enquanto a evolução dos personagens e as frases marcantes me fizeram apaixonar pela história de Walter White, foram o uso de ótimas piadas recorrentes e o humor "no sense" que tornaram a produção da Fox a minha comédia preferida.
Tenho um grande amor pelos personagens de Friends, seja pelas piadas de Chandler, pelas cômicas interpretações de David Schwimmer quando Ross está em uma situação adversa ou mesmo por gostar de escutar Smelly Cat. Também adoro quando Barney começa um de seus planos e fico frustado após cada uma das desilusões amorosas de Ted, mas nem mesmo How I met your mother me fizeram rir tanto quanto Arrested Development.
Talvez nesse momento do texto você pode estar se perguntando o que ela tem de tão diferente. A princípio, gosto de destacar que o que a diferencia das outras são as personagens. Os Bluth, família que protagoniza o seriado, compõe o grupo de pessoas mais diversificado desde a primeira edição da Casa dos Artistas. Eu, inclusive, já vi colchas de retalhos mais homogênea do que eles.
É isso que mais me agrada. Por não fazer sentido que eles estejam juntos, você não sabe o que esperar e é surpreendido a todo momento, seja por um psicólogo fracassado que pinta o corpo todo de azul na tentativa de entrar para o Blue Man Group, por uma matriarca que que toma whisky as 8h da manhã ou mesmo pela singela participação do Michael Cera. E por incrível que pareça, todos eles funcionam juntos. E muito.
O último fator que me fez apaixonar pela série são as pequenas referências e easter eggs que muitas vezes passam despercebidas. São piadas engraçadas e inteligentes que muitas vezes até contam os acontecimentos dos próximos episódios. Inclusive, o BuzzFeed americano separou 32 vezes que isso aconteceu durante os sessenta e oito episódios na qual a história é contada. Clique aqui e veja.
Por essas e outras que recomendo Arrested Development. Tenho certeza que irá gostar e também indicará para seus amigos.
Sem mais,
Inté.
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