Questão de tempo: o Carpe Diem moderno que faz sorrir e faz pensar | #FourMovie



O que você faria se pudesse voltar no tempo sempre que quisesse, bastando apenas ir a um lugar escuro, fechar os olhos e escolher o momento exato? Essa é a premissa de Questão de tempo (About Time), filme de 2013 que conta a história de Tim (Domhnall Gleeson) um jovem que descobre no seu aniversário de 21 anos ter o poder regressar no tempo quantas vezes quiser.


A partir da descoberta, Tim decide seu foco, que não é enriquecer, ficar famoso ou rico, mas em conhecer um amor para sua vida. É nesse ponto em que o filme começa a nós prender, pois não se trata de um roteiro exorbitante, cheio de firulas e plot twists, mas sim um delicado filme sobre amor, seja ele entre pai e filho, entre irmãos, entre amigos e claro, entre casais.

O casal aliás é uma das melhores coisas do filme, devido a química entre Tim e Mary (Rachel McAdams), que parecem se completar em todas as cenas. Sério, a combinação entre a esquisitice do rapaz com a sutileza da moça motivam você a torcer para a união dos dois. A trama sobre as voltas no tempo de Tim para reencontrá-la - e fazer ela se apaixonar de novo por ele -são ao mesmo tempo engraçadas e belas, fazendo-nos perceber o real amor entre eles.

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A relação do protagonista com seu pai também é maravilhosa e pontua muito bem cada passagem do filme. As participações de Bill Nighy mostram como os dois funcionam bem juntos, seja jogando ping-pong ou debatendo os ensinamentos sobre o uso deste poder. Os dois não são apenas pai e filho mas sim realmente grandes amigos. 

Sério, se você puder, dê um abraço no seu pai agora, por mim, ou melhor por você.

A direção de Richard Curtis funciona bem, seja na belíssima ambientação em Londres, na boa trilha sonora, no roteiro que fluta entre romance-comédia-drama e principalmente nos diálogos do filme, que fazem você parar para refletir em diversos momentos do longa.

Questão de tempo é um desses filmes que te fazem pensar horas e horas depois de assisti-lo. Será que estamos mesmo aproveitando nossa vida? Damos atenção aos pequenos detalhes ao nosso redor? Apreciamos o tempo que passamos com nossa família? São essas importantes perguntas que o longa coloca em voga, provocando o telespectador a mudar algumas atitudes em sua vida depois de vê-lo.

Mesmo com todas essas questões você ainda sai leve do filme, feliz da vida e pensando como aproveitá-la mais. 

Antes de sair, relembre a última frase do filme e veja como ela é um tapa na cara:
A verdade é que não volto mais no tempo, nem por um dia. Apenas tento viver cada dia, como se tivesse voltado para este dia, para curti-lo como se fosse o dia final da minha extraordinário e simples vida.


Sem mais, 

Inté.







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